Deus Esta Na Chuva

Sobre o filme “V de Vingança”
Se não viu o filme não leia a resenha.

Um dia na Rússia milhares de manifestantes foram à praça vermelha pedir que o Czar retirasse o pais da guerra. Todo o povo russo passava por dificuldades e nenhuma classe estava satisfeita com a situação, a não ser o próprio Czar, havia uma revolução semi-pronta. Os soldados do Czar recebem ordens para reagir às manifestações com firmeza e que utilizem as armas se necessário, esperava-se então mais um massacre como o que já havia acontecido há anos atrás na mesma praça, mas ao receberem as ordens os soldados se negaram, se juntando ao povo e derrubando o Czar, ali estava acontecendo a Revolução Russa que mais tarde daria vida a URSS.
Quem conhece essa história vai com certeza ver alguma ligação com o roteiro do filme “V de Vingança”, aliás, todas as revoluções tem ligações, governo indiferente aos problemas da população, povo necessitado e sem esperanças, oratórias muito bem feitas e a principal delas, a grande vontade de mudar.
“V de Vingança” retrata uma revolução com seus traços mais marcantes, venhamos e convenhamos que com uma gigantesca dose de ficção, visto que ataques terroristas sempre matam pessoas, e maior parte inoscentes. Não há mortes inoscentes nas manifestações, a não ser uma, única de uma garota. Não há quase duplas interpretações das idéias revolucionarias, mas vendo como um filme é muito bom.
Deixando esses excessos “Hollywoodianos” de lado o filme tem seu lado critico, reflexivo e poético, além de ser muito bem feito.
Minha duvida, é um filme ideológico com traços “Blockbuster”, ou um “Blockbuster” com traços ideológicos?
Sendo um ou outro o que realmente importa é que é um bom filme, Natallie Portman esta linda, o fato triste é a explosão do big been, o que é um ato inconstitucional!
Fica aqui minha definição, um filme muito bom com certas ‘mentirinhas’ escandalosas como a revolução branca e os pulos alá “Neo” do nosso herói “V”, mas fique claro que isso não apaga o brilho do filme que leva a questões que normalmente superproduções não te levam, que é a vontade de refletir sobre o que nos cerca.